A Tecnologia da Informação (TI) tem revolucionado os mais diversos segmentos da economia. No chão de fábrica, não é diferente – inclusive, essa é uma área que pode se beneficiar muito com soluções inovadoras. Afinal, manter a mente aberta e se adaptar às novas tecnologias pode tornar as empresas mais rentáveis e competitivas.
O uso da tecnologia nas áreas de produção ajuda a empresa a ter uma operação eficiente, com os equipamentos sempre em atividade e as peças necessárias prontamente disponíveis — dois dos principais fatores para que a demanda seja atendida no tempo certo. Outros benefícios incluem:
- aumento da produtividade, com redução de risco de dano, perda de peças e ferramentas;
- apontamento da produção para melhoria contínua dos processos;
- redução da possibilidade de falta de estoque;
- menor probabilidade de atrasos e paradas não planejadas;
- rapidez de coleta e análise de dados de inventário e ativos;
- maior precisão de dados.
Tudo isso é fundamental, visto que esse departamento precisa fornecer informações precisas, abrangentes e em tempo real sobre suas operações para que a tomada de decisões seja mais embasada e ajude a impulsionar a produtividade.
Importante ressaltar que, além do uso das tecnologias, um ótimo aliado para o desenvolvimento e acompanhamento dos setores produtivos é, também, o apontamento da produção.
Apontamento da produção
Esse é o grande responsável por facilitar as tomadas de decisões que reduzem desperdícios e contribuem para a melhoria do desempenho. O apontamento da produção permite coletar, tratar e interpretar informações diretamente do chão de fábrica para usá-las em benefício do negócio. Muitas vezes, é feito manualmente e, por isso, dependente dos operadores e do nível de conhecimento da equipe.
Para melhorar a confiabilidade do processo, o ideal é empregar instrumentos de automação (câmeras, balanças automáticas e sensores, por exemplo) para fazer a coleta de dados. Essas informações são, então, enviadas para a equipe de planejamento e controle de produção (PCP) para garantir maior assertividade e eficiência.
Rastreabilidade e controle de perdas
O apontamento da produção ainda melhora a rastreabilidade da matéria-prima e ajuda a empresa a identificar o que ocorre na linha de produção. Com isso, é possível a cobrança de danos e prejuízos diretamente dos fornecedores.
Além disso, esse método ajuda a levantar a quantidade de matéria-prima ou de produto acabado que foi perdida, por quanto tempo os equipamentos ficaram indisponíveis e por quais motivos. Consegue-se, ainda, identificar se as máquinas produziram a quantidade correta com a qualidade especificada. Esses dados permitem calcular a eficiência do processo.
Agora que você já sabe a importância do apontamento da produção, conheça, a seguir, algumas tecnologias que estão mudando a realidade do chão de fábrica.
7 tecnologias para utilizar no chão de fábrica
1. Computação em nuvem
A computação em nuvem utiliza serviços remotos para administrar e processar dados. Apesar das preocupações com segurança, as possibilidades da nuvem vão continuar a crescer.
As empresas têm usado a tecnologia para compartilhar informações referentes à produção entre diferentes unidades e, assim, tomar melhores decisões. Há muitos benefícios: redução de custos, melhoria do controle de qualidade e tempos menores de produção são alguns deles.
2. Internet das Coisas (IoT – Internet of Things)
Como era a vida antes da internet? Muita gente não faz ideia. Daqui a alguns anos, certamente não lembraremos como é a linha de produção de hoje. Tecnologias cada vez mais inteligentes estão, pouco a pouco, se transformando na onda que vai ser o futuro do chão de fábrica.
Imagine um local de trabalho em que todos os equipamentos conectados são capazes de se comunicarem pela internet. Nesse cenário, as máquinas da produção conversam umas com as outras, bem como enviam e recebem notificações sobre as condições de operação. É uma tecnologia que se integra muito bem ao processo de apontamento da produção.
Sempre que uma falha for detectada, um alerta é enviado a outros integrantes da rede, fazendo com que todo o processo seja ajustado automaticamente. O resultado? Períodos de parada menores, qualidade melhorada, menos desperdícios e custos.
3. Robótica industrial
Os robôs industriais podem trabalhar 24h por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano, com alta precisão repetível — e não detectável pelo olho humano. São, assim, bastante úteis no apontamento da produção, pois informam seu progresso de forma precisa, melhoram quando seu desempenho é testado e se tornam mais habilidosos quando novos sensores são incluídos.
E o melhor: como estão se espalhando pelas indústrias, têm ficado mais econômicos.
4. Tecnologia de produção digital
As ferramentas de modelagem computacional já estão em uso há muitos anos e vão muito além do desenho de produtos. Servem para testar, modificar e melhorar os produtos digitalmente, um processo muito mais barato e rápido do que o de testes físicos.
A computação em nuvem e os scanners 3D (que hoje se resumem a aplicativos de celular) trazem essas técnicas para o chão de fábrica. No processo de apontamento da produção, são bastante úteis para melhorar a eficiência e prevenir perdas.
5. Impressão 3D
Parece algo novo, mas a impressão 3D foi desenvolvida em 1980. Chamada na época de manufatura aditiva, inclui todos os processos necessários para imprimir um objeto em três dimensões. Uma de suas técnicas, o spray a frio, sopra partículas metálicas em alta velocidade para compor formas.
O produto é, então, construído camada por camada num processo controlado por computador. O resultado é uma réplica altamente precisa do modelo original. Com isso, o desperdício no processo produtivo é menor, o que implica economia de dinheiro.
Quando foi desenvolvida, a manufatura aditiva era bastante cara e usada apenas pelas grandes corporações. O avanço da tecnologia, entretanto, tornou-a mais acessível e ela deve chegar inclusive às pequenas organizações em breve. Com isso, as impressoras 3D devem ajudar a criar outras formas eficientes de fabricação.
6. Realidade aumentada
A realidade aumentada sobrepõe objetos virtuais, gerados por computador, a um ambiente real. E ela já chegou ao chão de fábrica, adicionando camadas de informações virtuais à realidade com a ajuda de uma tela ou lente, sendo uma boa forma de orientar operários em ambientes fabris durante o processo de manufatura.
Com ela, é possível, por exemplo, ver todas as informações sobre uma determinada etapa produtiva e saber, com precisão, onde um item deve ser colocado. Uma bela economia de tempo no processo de apontamento da produção. E mais: outras atividades, como ver o interior de uma máquina e o que acontece em áreas inacessíveis, podem ficar mais claras com a ajuda da realidade aumentada.
7. Nanomanufatura
É a tecnologia que permite manipular materiais em uma escala molecular ou, até mesmo, atômica. Os nanomateriais, usados tradicionalmente nas indústrias aeroespacial e biomédica, devem ter, no futuro, um papel de destaque na produção de itens de alta eficiência (como baterias e células solares).
Outro uso são as aplicações médicas baseadas em biossistemas, como os sensores que poderão ser implantados sob a pele humana e carregar toda a ficha de saúde do indivíduo, com base nas informações dadas pelo seu próprio corpo. Dispositivos eletrônicos e computacionais do futuro provavelmente também usarão nanotecnologia.
E aí, gostou de conhecer algumas das tecnologias que vão revolucionar o chão de fábrica em breve e tornar o apontamento da produção mais eficiente? Siga a gente nas redes sociais e fique sempre por dentro das nossas novidades. Estamos no Facebook, no YouTube, no Instagram e no LinkedIn.