Inovação 24/08/2020

Eles nasceram entre 1995 e 2010, são nativos digitais e começaram a ingressar no mercado de profissões – atualmente, representam 30% da população brasileira – transformando os formatos de trabalho com a sua forma de ver o mundo.

Com perspectivas muito diferentes de seus antecessores (Geração Y, de 1980 a 1994, e Geração X, de 1960 a 1979), com quem passam a dividir o espaço nas organizações, os jovens da Geração Z não veem mais a sua carreira como algo imutável, muito menos buscam a segurança e estabilidade que os trintões ainda correm atrás.

A GenZ, como também é conhecida, está chamando a atenção de gestores e profissionais de RH, que precisam quebrar os próprios padrões para conquistar esses novos talentos extremamente criativos.

Deciframos quais são os desejos desses jovens e mostramos o caminho das pedras para atrair essa força de trabalho que transborda energia, novas ideias e vontade de mudar o mundo. Spoiler: eles estão em busca de propósito!

Geração Z: quem são?

Enquanto os primeiros membros dessa nova geração chegavam ao mundo, a internet começava a se popularizar, classificando esse grupo de pessoas como os primeiros nativos digitais.

Com acesso à internet desde a infância e acostumados a receber informação com velocidade, eles são inquietos, uma herança dessa abundância de dados que estimula a busca por novidades o tempo todo.

Sempre conectadas, essas pessoas não encontram dificuldade em se comunicar digitalmente. Aplicativos, comunicação por vídeo e a vida on-line são parte do cotidiano. Esqueça o termo “surfar na internet”: eles vivem lá. Porém, pessoalmente, podem encontrar dificuldade em trabalhar em grupo, justamente por não serem bons ouvintes: no ambiente virtual, eles podem selecionar o que querem ouvir, diferente da realidade.

Outras características que moldam a personalidade desses jovens são o pragmatismo (são realistas e práticos), a indefinição (quebram rótulos) e ser muito mais real e autêntico (não têm medo de expor seus medos e fraquezas). Eles também entendem o poder que têm ao se unirem, por isso participam de diversas comunidades. E sabem se divertir: transformam tudo em memes.

E como se comportam no trabalho? É o que você vai ver a seguir.

O que o profissional da Geração Z busca e oferece no trabalho

Imediatista, o profissional dessa geração não quer aproveitar a vida apenas na aposentadoria. Ele busca por ambientes de trabalho flexíveis, que permitam que ele inclua outras atividades no cotidiano e possa escolher o horário em que é mais produtivo para exercer sua função.

 

Gestão horizontal

Como todos os que já foram jovens, os da GenZ também questionam o modelo tradicional de hierarquia. Para eles, ela está muito mais ligada ao conhecimento do que a cargos e posições de poder. São muito mais afeitos ao modelo horizontal de organização, quando os funcionários têm autonomia para tomar suas próprias decisões, uma vez que apreciam a individualidade.

 

Propósito real

Muito mais do que uma remuneração adequada, os Z’s buscam por empresas com propósito. E isso vai muito além de ter um quadro com a missão e os valores da organização pendurados em uma parede. A empresa precisa caminhar em direção a esse objetivo com ações reais, definindo e comunicando com clareza qual o propósito da companhia. Em troca, terá uma equipe de trabalho que levanta todos os dias muito mais motivada.

 

Espaço para exercer a criatividade

Se você quer aproveitar por inteiro o talento de uma pessoa da GenZ, precisa abrir espaço para a inovação. Mais práticos que os millennials, eles têm uma grande capacidade criativa para resolver problemas, sugerindo soluções disruptivas. Ouça-os sempre e dê oportunidades para que eles exerçam essa característica com liberdade.

 

Prepare-se para dar muitos feedbacks

O perfil desses novos profissionais valoriza avaliações construtivas, que o façam aprimorar sua forma de trabalhar. Receber feedbacks não é um problema para eles: uma pesquisa divulgada pela Inc. demonstrou que 60% da Geração Z gostaria de receber análises frequentes, semanais ou diárias.

 

Valorização

Embora não busquem apenas um bom salário, como vimos acima, os GenZ querem ser remunerados de forma justa pelo seu trabalho. Planos de carreira também são altamente atrativos e podem ser um grande diferencial da empresa. Para reter esses talentos, também é fundamental que sua empresa invista em capital humano.

Nos próximos anos, essa geração sonhadora, mas que tem os pés no chão, deve se consolidar como maioria nos postos de trabalho. Por isso, é importante ter um RH preparado para identificar e lidar com as deficiências desses novos profissionais, para que a empresa possa extrair o melhor de cada colaborador.

 

Ponto positivo: os GenZ aprendem bem e aprendem rápido. Esteja preparado para oferecer um ambiente de trabalho parceiro desse aprendizado. 😉

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