Gestão 23/11/2020

Na indústria têxtil, o planejamento e o controle da produção são imprescindíveis para que a lucratividade seja atingida. Para que esses processos sejam bem-sucedidos, uma das principais ferramentas é a ficha técnica. É ela que descreve a peça em detalhes, bem como todas as etapas de sua elaboração.

Por isso, as informações contidas neste documento devem ser completas, claras e precisas. Assim, fica mais fácil colocá-las em prática e transformá-las no produto final. A ficha técnica para produção têxtil não apenas garante que a peça fabricada estará de acordo com o que foi desenvolvido, mas evita que haja problemas no processo.

Usá-la como guia garante, por exemplo, que não haverá a compra de insumos e materiais de forma exagerada ou faltante, a confecção de peças incorretas, a aplicação errada de aviamentos, detalhes ou apliques, dificuldades na formação do preço de venda e outros procedimentos que podem causar prejuízos ou afetar os lucros.

É essencial, portanto, que o desenvolvimento da ficha técnica seja feito de forma que ajude a garantir a qualidade, otimize o tempo de produção e permita manter o custo-benefício adequado. Neste post, oferecemos dicas para que você a faça com precisão. Vamos lá? Ao final, você vai encontrar para download um modelo de ficha técnica utilizado pelos clientes do Consistem ERP.

A importância da ficha técnica para produção têxtil

 

A ficha técnica descreve individualmente cada peça. Nela, são incluídos todos os detalhes da produção: o tipo de tecido, os aviamentos necessários, o modelo de costura, enfim, cada particularidade necessária para que o produto seja produzido.

É o nível de detalhamento da peça nesse documento que garante que ela seja o mais parecida possível com a ideia do estilista que a desenhou. Isso faz dele um item de extrema importância no processo de desenvolvimento da indústria de confecções.

Além disso, é com base na ficha técnica para produção têxtil que se calculam os elementos necessários para a fabricação do produto, que se faz a compra da matéria-prima, que se padroniza a produção e que se estipula o preço de venda da peça (considerando a quantidade e tempo exigidos, por exemplo).

Veja, a seguir, quais passos devem ser seguidos para produzir o documento.

1.Cabeçalho

É no cabeçalho que estão as informações básicas sobre a peça. Ele contém o nome da empresa e do estilista, a coleção, o código de referência, o nome da peça, a grade de tamanho, o tamanho da peça-piloto e o lacre. Assim que a peça-piloto é aprovada, ela recebe um lacre, que é registrado na ficha técnica.

2.Grade de tamanho

Indica os tamanhos da peça de roupa e as quantidades a serem produzidas em cada tamanho. Pode ser, por exemplo, P, M e G (e suas respectivas variações), 38, 40 e 42, e assim por diante.

3.Desenho técnico

O desenho técnico apresenta a representação gráfica do modelo, com indicações sobre tipos de aviamentos e de costura. Em geral, mostra tanto a frente quanto as costas da peça, mas pode ter também a vista lateral com ampliação de detalhes, como bolsos, por exemplo, quando necessário. Essa representação visual é importante porque serve como suporte para a equipe de produção durante a fabricação da peça.

4.Descrição

É a apresentação do modelo com detalhes sobre os formatos do decote e da cava, o comprimento da peça e os acabamentos usados na produção. A descrição usa termos técnicos e, em geral, é sucinta e precisa.

5.Foto

Apesar de ser opcional na ficha técnica, a foto ajuda a mostrar a inspiração da peça. Além disso, indica como deve ser seu caimento.

6.Materiais

Os materiais podem ser divididos em principais e secundários. Os principais são os usados em maior quantidade no modelo, como os tecidos, por exemplo. Devem ser informados todos os tecidos a serem usados, além de seus respectivos códigos de referência, fornecedor, composição, largura, peso, especificações de lavagem, preço por unidade, quantidade a ser utilizada e valor gasto.

Outros materiais usados no modelo são considerados secundários. É o caso de elementos que dão sustentação, acabamento e finalização, como forros, entretelas, aviamentos, viés, galão, linhas, botão, zíper, velcro, barbatana, rebites, ilhoses e outros. Assim como no caso dos tecidos, é essencial incluir todos os detalhes sobre esses itens.

Além disso, apesar de ser opcional, é comum que se descrevam possíveis variantes de alguns dos itens que compõem a peça. Isso ajuda a equipe de produção a saber que ela deve ter mais de uma opção de cor ou de estampa, por exemplo.

Os dados referentes aos materiais devem ser completos e precisos. Afinal, é a partir deles que são feitos os pedidos de compra de matéria-prima e a elaboração das etiquetas de composição que são fixadas aos modelos prontos.

7.Observação

Nesse campo, podem ser incluídas informações específicas a respeito da matéria-prima ou de algum processo especial a ser utilizado.

8.Costura e acabamento

Os tipos de costura ou acabamento (costura reta, sobreposta, de borda, overloque e outras) a serem utilizados no modelo devem ser detalhados neste campo. É nisso que a equipe vai se basear na hora da produção.

9.Etiquetas

Aqui, devem ser especificadas as etiquetas necessárias para o modelo (além das obrigatórias, como as de composição e lavagem): de marca, externas e outras. Vale a pena cadastrar também os dados do fornecedor desses elementos.

10.Embalagem

A embalagem também deve ser especificada: é importante descrever os materiais necessários para embalar e transportar a peça, como prendedores plásticos, suportes de papelão, material de dobra, acetato, papel de seda, saco plástico e caixa. Os dados dos fornecedores também devem ser informados.

11.Serviços terceirizados

Caso o modelo requeira algum tipo de beneficiamento (como estamparia, bordado, tinturaria e afins) que seja feito por fornecedores externos, eles podem ser detalhados nesse campo.

12.Partes da modelagem

Apresenta a representação gráfica dos componentes da modelagem necessários para a confecção do modelo.

13.Processos e montagem

Indica como as peças serão montadas e em que máquinas serão costuradas. Além disso, deve ser apontado o tempo que cada operação leva até que o modelo esteja finalizado. Isso porque esse dado interfere no custo final da peça.

Outra informação importante é quais são as etapas de produção. Podem ser incluídos, por exemplo, desenho, corte, costura, embalagem e outros, bem como informações sobre os responsáveis por cada fase.

Cada confecção pode incluir ou excluir campos de acordo com suas necessidades. O essencial é que todos os setores envolvidos forneçam informações corretas para compor a ficha técnica. Sem um documento completo e preciso, o processo fica prejudicado e sujeito a falhas.

Para a criação de uma ficha técnica para produção têxtil completa, uma das alternativas é usar um sistema adequado (como um Enterprise Resource Planning — ERP) para esse trabalho. Com ele, é possível ter resultados mais satisfatórios: afinal, ele encurta o caminho da criação do documento e agiliza a produção.

Modelo de ficha técnica para produção têxtil: download gratuito

 

O sistema de gestão Consistem ERP possui funcionalidades exclusivas para o segmento têxtil. A eficiência do sistema é comprovada por nossos clientes, que fazem parte do rol das maiores empresas têxteis e de confecção do país. Entre as aplicações disponíveis para esse setor, está a ficha técnica, que pode ser personalizada conforme a demanda de cada indústria. Você pode fazer o download gratuito do modelo básico de ficha técnica do Consistem ERP acessando o link a seguir:

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