Estamos familiarizados com os códigos de barras, pois são amplamente encontrados em nosso dia a dia. Eles representam uma numeração que funciona como identificação de produtos, localizações etc., mas você já sabe o que é RFID e como essa tecnologia funciona?
A sigla RFID é a abreviação, em inglês, de identificação por radiofrequência. Os sistemas RFID geralmente possuem três componentes que trocam dados entre si: um leitor RFID, etiquetas RFID e antenas.
Com diferentes aplicações – industriais e comerciais –, as etiquetas RFID são um tipo de sistema de rastreamento sem fio que usa códigos de barras inteligentes para identificar itens como materiais de fabricação, produtos finalizados e equipamentos.
Veja, a seguir, como a tecnologia RFID funciona e como você pode aproveitá-la na sua indústria.
Quando surgiu a tecnologia RFID?
A tecnologia RFID surgiu na década de 1940 como resultado de pesquisas e experimentos conduzidos por vários cientistas em diferentes países.
Anos mais tarde, na década de 1970, os avanços tecnológicos permitiram a miniaturização dos componentes eletrônicos e o desenvolvimento de etiquetas RFID mais acessíveis.
Desde então, essa tecnologia tem sido amplamente adotada em diversas áreas, como logística, segurança, transporte, varejo e saúde, revolucionando a forma como rastreamos e identificamos objetos, animais e até mesmo pessoas, proporcionando maior eficiência e precisão em muitos processos do dia a dia.
Como funciona a tecnologia RFID?
As etiquetas RFID possuem um microchip ou pequeno ponto que armazena informações, recebe e transmite sinais de radiofrequência.
Quando uma antena leitora envia um sinal de radiofrequência, ele é captado pela antena da etiqueta RFID, fornecendo energia ao microchip. O microchip responde ao sinal enviando de volta os dados armazenados na etiqueta.
O leitor RFID, por sua vez, recebe essa resposta da etiqueta por meio de sua antena e decodifica as informações contidas no microchip.
Dessa forma, as antenas e o leitor desempenham um papel fundamental na comunicação e na transferência de dados entre as etiquetas RFID e os sistemas que gerenciam essas informações, permitindo rastreamento, identificação e controle eficiente de objetos.
Sintetizando, a comunicação entre os elementos acontece desta forma:
- Os itens que precisam ser rastreados recebem uma etiqueta RFID com as informações que são relevantes.
- As antenas fazem a leitura dessas tags e enviam os dados para um servidor.
- As informações da etiqueta são integradas com o sistema ERP do negócio, tornando possível controlar os dados gerados, como entradas e saídas de matérias-primas, logística de mercadorias, entre outros usos que veremos na sequência.
Componentes da tecnologia RFID
O funcionamento da tecnologia RFID depende da comunicação entre alguns componentes a serem instalados em uma indústria. Confira:
Antenas RFID
Transmitem e/ou recebem ondas eletromagnéticas de radiofrequência e são responsáveis pela comunicação entre os leitores e esses sinais emitidos nas frequências que são configuradas.
As antenas RFID, diferentemente dos coletores e das etiquetas, não são acessadas pelo usuário. Elas ficam instaladas estrategicamente no ambiente onde fará a cobertura do sinal de radiofrequência.
Leitor RFID
O leitor é a ponte entre as etiquetas e os Middleware RFID. Ele também é chamado de interrogador, funciona com alimentação de energia externa e possui várias funcionalidades, como por exemplo:
- Receber a resposta da etiqueta, amplificar e processar o sinal para captar as informações.
- Organizar as informações recebidas e armazenar até poderem ser enviadas para um computador.
Existem vários tipos e modelos de leitores, e a escolha para sua empresa dependerá da aplicação que será realizada.
Etiquetas RFID
As etiquetas RFID, também chamadas de tags ou transponder (transmitter + responder), possuem um mecanismo interno para armazenar dados, que são os microchips, e outro mecanismo para comunicar esses dados.
Elas podem armazenar uma infinidade de informações, desde um simples número de série até várias páginas de dados.
Etiquetas RFID ativas, passivas ou semipassivas
Falando em etiquetas RFID, você precisa saber que elas são divididas em três categorias: ativas, passivas ou semipassivas, que se diferem em relação à sua alimentação e alcance de leitura.
As etiquetas RFID passivas não possuem bateria interna e são alimentadas pela energia fornecida pelo leitor RFID quando recebem um sinal de radiofrequência. Sua distância de leitura é geralmente mais curta, limitada a alguns metros.
Já as etiquetas RFID ativas possuem uma bateria interna que lhes permite transmitir sinais de modo mais potente e, portanto, possuem um alcance de leitura maior, podendo chegar a dezenas de metros ou até centenas de metros.
Essa diferença no alcance e na alimentação faz com que as etiquetas RFID passivas sejam mais adequadas para aplicações de curto alcance e menor custo, como controle de estoque em lojas. As etiquetas RFID ativas são mais utilizadas em aplicações que requerem um alcance maior e uma capacidade de armazenamento de dados mais ampla, como rastreamento de ativos em grandes áreas industriais.
Existe ainda uma terceira categoria de etiquetas RFID conhecida como etiqueta RFID semipassiva ou etiqueta RFID de meio passivo (também chamada de etiqueta RFID híbrida). Essas etiquetas combinam características das etiquetas RFID passivas e ativas apresentando um funcionamento intermediário.
As etiquetas RFID semipassivas possuem uma bateria interna que alimenta apenas certas funcionalidades do chip, como a memória e os circuitos internos, enquanto a comunicação com o leitor RFID ainda é realizada por meio da energia transmitida pelo leitor de modo semelhante às etiquetas passivas.
Isso permite que essas etiquetas tenham um alcance de leitura maior do que as passivas, mas não tão extenso quanto as etiquetas totalmente ativas. Elas são muito utilizadas em aplicações de logística, monitoramento de ativos e controle de acesso.
Essa combinação de características torna as etiquetas RFID semipassivas adequadas para aplicações que exigem maior distância de leitura do que as etiquetas passivas podem fornecer, mas sem a necessidade de alcance muito longo, mantendo um equilíbrio entre o consumo de energia e o custo.
Para o que serve? Exemplos de aplicações de RFID
Na indústria, o uso das etiquetas RFID é amplamente empregado para melhorar a eficiência, a rastreabilidade e a automação de processos. Cada item ou produto é equipado com uma etiqueta RFID contendo um chip com informações úteis.
Quando esses itens passam por antenas leitoras, as informações são lidas sem a necessidade de contato direto, permitindo a identificação e o rastreamento em tempo real.
A integração com um ERP faz com o que o sistema de gestão incorpore esses dados entre o fluxo de atividades dos setores, informando a necessidade de compra de mais matéria-prima, por exemplo, ou registrando a saída de mercadorias prontas, entre outras possibilidades.
Essa tecnologia é aplicada em diversas áreas, reduzindo erros e aumentando a produtividade na indústria. Abaixo, listamos os principais usos onde você pode aplicar e obter ganhos com a tecnologia RFID.
- Gestão do estoque
- Rastreamento de equipamentos
- Rastreamento de mercadorias no processo de fabricação ou logística
- Rastreamento de ativos de TI
- Rastreamento logístico (gestão de materiais)
- Acompanhamento de eventos e participantes
- Controle de acesso a áreas restritas
- Rastreamento de veículos
- Rastreamento de arquivos
- Rastreamento de ferramentas
- Campanhas de marketing
- Sistemas de localização em tempo real
- Rastreamento de item de trânsito retornável (RTI)
A marcação de itens com as etiquetas RFID permite a identificação e o rastreamento de maneira automática e exclusiva do inventário e dos ativos da indústria ou do comércio.
As vantagens da RFID para o seu negócio
Os benefícios da RFID são muitos, indo do rastreamento do estoque ao gerenciamento da cadeia de suprimentos. Confira alguns deles listados abaixo:
- Não há necessidade de manuseio de itens.
- Redução do custo da mão de obra para controle.
- Gestão do inventário.
- Alarmes de reposição.
- Mais segurança contra roubos e saídas de mercadorias sem autorização.
- Mais controle na distribuição.
- Leia também: Otimize a sua gestão da produção industrial com um sistema ERP completo.
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