Você lida diariamente com os processos fiscais, mas existem verdadeiros desafios nesse trabalho. Há diferentes obrigações a serem cumpridas conforme a legislação brasileira. Além disso, as regras mudam constantemente — e isso aumenta as chances de a sua empresa sofrer multas e prejuízos.
Por isso, há dois pontos relevantes: a otimização do tempo e a precisão das atividades realizadas. É assim que você assegurará o aprimoramento no setor e facilitará sua própria rotina.
Neste artigo, vamos mostrar quais atitudes você pode adotar para conquistar esses benefícios e quais são as vantagens de contar com um setor fiscal ajustado às demais áreas estratégicas da sua empresa.
Então, vamos lá?
Como otimizar os processos fiscais?
A gestão fiscal é um dos pilares que mantém a competitividade e sustentabilidade financeira da empresa. Há diversas boas práticas que podem ser adotadas para otimizar o trabalho do setor em que você atua e auxiliar a sua rotina. Confira algumas opções:
Acompanhe a situação fiscal da empresa
Esse processo aborda o pagamento de impostos, como PIS, Cofins, INSS, IPI, ICMS, ISS, CSLL, entre outros. A sonegação de algum desses tributos ocasiona a aplicação de multas e sanções — em casos mais graves, até a detenção do responsável.
Essa questão assegura a competitividade empresarial e facilita a realização de um planejamento fiscal adequado. O resultado é a correta tributação sobre produtos e serviços, a melhor gestão do ônus tributário e uma economia no pagamento de impostos.
Além disso, os governos estadual e municipal concedem benefícios fiscais a alguns tipos de empreendimentos. Com o acompanhamento da situação fiscal é possível verificar se você pode aproveitar essa prerrogativa.
O objetivo dos benefícios fiscais é estimular o desenvolvimento de uma atividade ou segmento empresarial. Entre as possibilidades de vantagens estão a redução de alíquota de imposto, isenção, compensação e mais. É o caso, por exemplo, de apoio a eventos culturais, que são beneficiados pela Lei Rouanet.
Elabore um planejamento fiscal
A ideia, aqui, é considerar os aspectos tributários para definir o melhor enquadramento — e assim pagar menos impostos. É importante destacar que esse ponto é fundamental para as empresas.
Essa afirmação é confirmada por um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado pelo Uol, que demonstrou que 50% dos negócios fecham as portas com menos de 3 anos de funcionamento devido ao mau planejamento fiscal.
O objetivo dessa prática é que a empresa pague menos impostos dentro do que são considerados atos lícitos. Entre as finalidades dessa prática estão:
- Evitar a incidência de um tributo;
- Diminuir os valores de recolhimento;
- Adiar uma obrigação tributária.
As maneiras pelas quais é possível atingir esses objetivos são:
- Incentivos fiscais e extrafiscalidades;
- Enquadramentos tributários;
- Mudanças na forma de condução das empresas;
- Reorganização societária;
- Definição adequada da atividade econômica.
Essa situação pode ser exemplificada da seguinte forma: imagine que você possui um empreendimento que atua como indústria, mas também presta serviços. Nesse caso é possível fazer a reorganização societária, ou seja, dividir ou unir a empresa em operações a fim de pagar menos tributos.
Para a indústria, o melhor é fazer o enquadramento no regime tributário Lucro Real, já que a lucratividade desses negócios é baixa e o gasto com insumos, alto. Por sua vez, para a prestação de serviços é mais indicado o Lucro Presumido. Com a separação das operações, consegue-se o resultado máximo de ambos os lados.
As etapas do planejamento fiscal são:
- Reunião de um grupo interdisciplinar: a junção de vários profissionais facilita o entendimento dos tributos e sua incidência e ajusta essa questão às operações executadas;
- Definição de um cronograma de etapas: as datas de cada estágio, bem como as responsabilidades, devem ser definidas nesse momento;
- Recolhimento de informações sobre as principais bases de cálculo: essa questão varia conforme a empresa. Os tópicos mais relevantes costumam ser faturamento, compras, serviços tomados, despesas operacionais e com folha de pagamento, margens de lucro por atividade econômica, investimentos e suas fontes de recursos, e quadro societário;
- Análise e simulação de cenários: o objetivo é verificar o status atual e projetar contextos futuros. Atente aos pontos que influenciam a operação, por exemplo, se a modificação do enquadramento tributário impacta a maneira de compra do cliente. Os principais pontos a considerar são receita, lucratividade, compras, mão de obra, despesas de operacionalização e premissas.
Organize os processos
A rotina diária muitas vezes dificulta essa questão, mas é necessário organizar documentos e processos. A ideia é que haja uma padronização nas atividades e que os arquivos sejam rapidamente encontrados sempre que necessário. Assim, evita-se a perda de tempo, o retrabalho e a possibilidade de erros acontecerem.
Entre as atitudes que devem ser tomadas estão o correto armazenamento de arquivos e Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), para evitar perdas de documentos.
Estabelecer rotinas para cada atividade também é uma maneira de se precaver, já que, dessa forma, a ausência ou demissão de algum colaborador não impacta a execução da tarefa.
Assim, também se assegura que um profissional que atua no departamento de compras acesse, por exemplo, as NF-e de pedidos já realizados para se certificar de que não houve erros. Ou seja, há um maior alinhamento dos processos.
Automatize setor fiscal para otimizá-lo
As obrigações fiscais são bastante variadas e mudam de acordo com a legislação. Além disso, o projeto Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), implantado pelo governo federal, está alterando o processo de envio dos documentos, que agora vem sendo cada vez mais digital.
Essa modificação dispensa o uso de arquivos físicos e exige que as empresas automatizem seus processos internos por meio do uso de softwares de gestão completos e personalizáveis de acordo com a empresa organizacional.
O objetivo é integrar os setores e sistemas da empresa para ter um controle mais eficiente e um tratamento de dados bastante ágil. A consequência é que, no caso de uma irregularidade, ela é resolvida rapidamente, o que evita a aplicação de multas e situações de sonegação fiscal.
Outra vantagem do software de gestão é em relação ao compliance. Esses sistemas já estão preparados para se adequarem às modificações feitas pelo governo, o que assegura à sua equipe a realização de melhores práticas fiscais.
Perceba que a prática de executar uma boa gestão fiscal traz diversos benefícios à sua empresa. Ao estar alinhado com as demandas áreas estratégicas, você assegura:
- Otimização do tempo: a perda de tempo com a realização de diferentes etapas é evitada, situação que gera custos para o negócio;
- Benefícios fiscais: a empresa descobre oportunidades de conquistar benefícios, a partir dos quais pode obter mais vantagens financeiras;
- Precisão mais elevada dos processos: a automatização de tarefas permite que o foco maior seja o core business, relegando atividades manuais para os sistemas. O resultado é a redução de erros e retrabalhos;
- Tempo reduzido de perda com questões tributárias: os problemas são identificados e corrigidos mais rapidamente, assegurando um alinhamento maior entre os setores.
Agora que você entendeu como otimizar o tempo e aumentar a precisão dos processos fiscais, que tal repassar esse conhecimento a outras pessoas? É só compartilhar este conteúdo nas suas redes sociais!