Gestão 15/05/2017

O que é? A quem se destina? Quais os prazos e objetivos? SPED Fiscal: quando, onde, por quê? Muitas dúvidas surgem à cabeça quando o assunto é Bloco K, e não é por menos! Apesar de antiga, a obrigação fiscal veio à tona novamente, ganhando força com a aproximação do prazo final para adequação das empresas.

Diante desse cenário, preparamos um conteúdo especial, visando esclarecer todas as informações fundamentais para auxiliar você a se situar e avaliar sua indústria em relação às novas exigências do Bloco K.No final, você perceberá que a entrega eletrônica dos registros de controle da produção e estoques possuem um lado positivo e que, ao adequar seu negócio às novas exigências fiscais, será possível aumentar seu lucro e reduzir seus custos.

Afinal de contas, o que é o Bloco K?

O Bloco K, nada mais é do que um livro digital de controle de produção e estoque que todas as indústrias e equiparadas precisam ter. Sua implantação foi adiada diversas vezes, entrando em vigor no início de 2017. O prazo para adequação da maioria dos setores termina em janeiro de 2018.

Por meio da obrigação, as empresas terão que apresentar relatórios de produção e materiais estocados no SPED Fiscal (Sistema Público de Escrituração Digital), com periodicidade mensal. A finalidade do Bloco K é diminuir a sonegação de impostos, evitando a violação das legislações tributárias já vigentes.

E como isso vai funcionar? Simples! Adotando o princípio da rastreabilidade. As empresas deverão detalhar os insumos consumidos em cada produto acabado ou produto em processo, e as quantidades produzidas e, podendo através desta informação, projetar os estoques do contribuinte.

Principais exigências do Bloco K

  • Saldos de estoque escriturado
  • Fichas técnicas dos itens fabricados
  • Apontamentos de produção de produtos
  • Apontamentos de consumo de itens

Novos desafios para as empresas

Em vista do seu objetivo, o Bloco K tem sido um grande desafio para as empresas, já que é necessário o envolvimento coordenado de várias áreas, como planejamento de produção, contabilidade, compras, custos, tecnologia da informação e, por último, a equipe tributária (fiscal e jurídica). Sem o trabalho em conjunto dessas áreas, dificilmente se alcançará êxito no processo de implantação.

A grande dificuldade dessa mudança é que, o processo de cadastros envolvidos no Bloco K é muito meticuloso, já que os lançamentos devem ser realizados operação a operação, com utilização de uma folha para cada espécie, marca tipo e modelo da mercadoria.  “Serão necessárias adequações nas empresas, e isso demandará muito trabalho principalmente para as que não possuem um sistema bem integrado, pois, por mais que na teoria apresentar essas informações não seja tão complicado, na prática a situação é bastante diferente.”, explica Leandro Eger, analista de negócios, da Consistem.

Como um sistema ERP ajuda no preenchimento do relatório

Como falamos anteriormente, o Bloco K apresenta muitos detalhes e as empresas precisam adaptar seus planejamentos de acordo com as exigências do fisco. As indústrias que contam com um software de gestão ERP chegam a estar até 90% mais preparadas e adaptadas a esse processo, segundo o Blog do ERP.

Isso porque, por meio do módulo PPCP e fiscal é possível integrar informações e automatizar processos internos, possibilitando que as indústrias se adequem e gerem seus relatórios com redução de falhas, otimização do tempo e informações precisas.

Consequências da não adequação ao Bloco K

As empresas que não entregarem os relatórios do livro digital do Bloco K estão sujeitas a multa, sendo que o percentual a ser aplicado pode chegar a 3% (três por cento), do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta. Caso ainda haja divergência nos valores informados, a multa pode chegar até 150% do valor do imposto devido ou, ainda, R$ 120,84 por livro não entregue.

Já sabe como funciona o Bloco K? Ainda tem dúvidas? Aproveite e acompanhe nosso webinar sobre o tema e saiba como atender as exigências do fisco.



Ana Maria de Jesus Neta

Analista de Negócios


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